domingo, 3 de junho de 2012

TREKKING


A caminhada é sem sombra de dúvidas uma das atividades mais antiga da humanidade, porém nos dias atuais, tal prática, quando realizada em trilhas naturais, recebe por muitos jovens e aventureiros uma nomenclatura distinta sendo conhecido por Trekking.
O Trekking se tornou uma atividade tão popular no Brasil que hoje em dia existem mais de 300.000 praticantes que se autodenominam Trekkers. Sendo dividido atualmente em 4 modalidades (Trekking Independente, Organizado, Assistido e Trekking de competição) o Trekking não possui limite de idades, mas, dependendo do roteiro a ser seguido pode vir a exigir mais, ou menos do condicionamento do indivíduo praticante, portanto deve haver um certo cuidado na escolha deste roteiro, devendo antes de qualquer coisa analisar se o nível do mesmo é condizente com seu nível de condicionamento físico. O Trekking é uma atividade muito benéfica à saúde e ao condicionamento físico do praticante, de forma que tal prática auxilia no processo de emagrecimento, fortalecimento da musculatura dos membros inferiores, auxilia na melhoria do sistema cardiovascular, além de trazer a possibilidade de seu praticante vencer barreiras e de se vislumbrar com maravilhosas paisagens. 

 

            Como em qualquer esporte, o Trekking também possui seus equipamentos e vestuários adequados. Dessa forma, sempre, antes de sair para uma expedição surgem duas perguntas: O que vestir? O que levar?

O que vestir?

            Para se vestir adequadamente, devem se preocupar inicialmente com o local no qual será realizada a expedição. Se a mata for fechada, é adequada a utilização de uma calça comprida leve que o protegerá contra cortes e picadas de insetos, mas, pode impedir sua performance em alguma escalada. Porém se for uma expedição tranquila, com a mata mais aberta, o mais adequado são roupas leves e confortáveis, que absorva bem sua transpiração, uma calça de lycra, para as mulheres, uma bermuda de Tactel ou Microfibra para os homens e um boné. Já o calçado, deve ser leve e confortável, com um solado que tenha uma boa tração e aderência permitindo a subida e descida em ladeiras e minimizando os riscos de escorregões nos terrenos acidentados, deixando claro que não deve ser novo, se necessário use-os antes de caminhar para evitar o surgimento de bolhas que pode retardar sua expedição ou mesmo inviabilizá-la. 

O que levar?

            Existem alguns itens de grande importância para serem levado, não só para facilitar o seu deslocamento, como também para lhe trazer uma maior segurança.

  •           Mochila

A mochila é extremamente importante para a prática, pois no decorrer de uma trilha é extremamente necessário que você esteja com suas duas mãos livres, de forma que por quaisquer eventualidades possa se segurar ou manusear algo. Em uma expedição de um dia basta levar uma mochila pequena, que distribua bem o peso de seu material nas costas e acomode bem seus equipamentos e provisões.

  •           Stake (Bastão de Caminhada)

Excelente recurso durante as descidas, já que, boa parte de seu peso corporal, e também da mochila, acaba recaindo sobre as articulações dos joelhos e tornozelos. Este recurso também é especialmente utilizado por praticantes com: excesso de peso, dores nas articulações, idade mais avançada e em caminhadas com pouca visibilidade.

  •           Cantil

Hoje em dia o mais conhecido é o Camelbak que é uma pequena mochila que em seu interior existe um saco plástico especial, que além de não deixar gosto na água ainda mantém a temperatura por até 4 horas.

  •           Lanternas

Uma das mais utilizadas no momento são as headlamps (lanternas de cabeça), conhecidas por iluminarem bem e manterem suas mãos livres, porém uma lanterna comum, de pilhas grandes ou médias, também são extremamente usuais, devendo o praticante se preocupar com a autonomia das pilhas e de sempre de ter em mãos um conjunto de pilhas reservas.

  •           Faca

Em meio à mata sempre pode ser necessário cortar um galho ou um cipó, para abrir um caminho, por exemplo.

  •           Repelente

Este item não deve ser esquecido em momento algum, já que nestes lugares existem muitos insetos.

            A alimentação também é de extrema importância para sua expedição, mas, o que levar?

Lembre-se que você está em uma trilha, portanto preocupe-se de levar alimentos que sejam energéticos e nutritivos. Dessa forma, segue uma lista rápida do que pode se levar em uma expedição de 1 dia: frutas, como maça e laranja, sanduiches de queijo e presunto, Biscoito salgado, chocolate, barra de cereal, uma bebida isotônica e água, preocupando-se em levar água suficiente para sua hidratação durante todo o percurso, pois em determinadas expedições não existe local para encher os reservatórios.

A seguir deixo para todos algumas precauções que o praticante deve ter ao fazer uma caminhada: 

  1. Realizar uma avaliação médica para conhecer seu condicionamento físico;
  2. Buscar sempre um lugar adequado a seu condicionamento físico ou nível técnico;
  3. Tenha uma excelente noite de sono; 
  4. Não beba nada alcoólico na noite anterior, muito menos no dia da expedição; 
  5. Antes de sair de casa certifique-se que o clima está firme ou se há possibilidades de mudanças de tempo repentinas;
  6. Sempre que sair de casa comunique a alguém, pois caso algo aconteça outros saberão onde procurar; 
  7.  Tenha certeza que a empresa de turismo que contratou é 100% fidedigna;
  8. Use protetor solar; 
  9. Nunca se afaste do grupo;
  10. Não fixe sua mão em nada, sem antes realizar contato visual e ter certeza que é seguro;
  11. Mantenha-se sempre hidratado;
  12. Não se esqueça do aparelho celular para uma situação de emergência.





Agora é só juntar os amigos, formar seu grupo de Trekking e divertir-se. Boas Trilhas para todos.

Mais informações:

Prof. Esp.Leonardo Santaguêda
Profissional de Educação Física
CREF 1: 031691-G/RJ
(21) 7804-0749 / 120*114989

sábado, 24 de março de 2012

TREINAMENTO FUNCIONAL

O Treinamento Funcional, como qualquer variação de treinamento existente no mundo, precisa se basear em alguns princípios que são de suma importância para a aplicação de um treino seguro e eficaz. Estes princípios (Princípio da individualidade biológica, Princípio da adaptação, Princípio da sobrecarga, Princípio da interdependência volume X intensidade, Princípio da continuidade, o Princípio da especificidade e o princípio da variedade) devem ser levados em consideração por todos os Profissionais de Educação Física antes da elaboração de qualquer treino. Porém, no quesito Treinamento Funcional, os mais abordados, são os princípios da Individualidade Biológica e o da Especificidade, onde se deve realizar a sistematização do treinamento, considerando algumas variáveis como: idade, gênero, possíveis restrições e nível de treino do praticante, ou seja, baseado neste princípio podemos falar que diferentes indivíduos, possuem diferentes respostas a uma determinada carga, portanto, a individualização do treinamento se torna um fator fundamental para potencializar os resultados dos treinos. Concomitantemente o profissional deve sempre buscar exercício que atuem o mais próximo possível da realidade daquele indivíduo, ou seja, no caso de atletas, por exemplo, se deve buscar exercícios que se assemelhem com o trabalho realizado pelo mesmo na modalidade esportiva em questão. Já relacionado ao praticante não atleta, este treinamento vem resgatar e/ou melhorar o movimento do ser humano através de atividades realizadas por estas pessoas em seu cotidiano.
Como este tipo de treinamento se baseia muito em exercícios que utilizem superfícies instáveis, se torna possível gerar um estímulo sensório- motor e proprioceptivo, normalmente esquecidos nos treinamentos convencionais, mais facilmente. Esta instabilidade permite ao praticante recrutar mais fibras musculares e de forma mais global intensificando mais o movimento realizado, por exemplo, uma flexão de braços executada no solo, é necessário gerar uma força que seja necessária para levantar seu peso corporal e a força imposta pela gravidade. Porém este mesmo exercício, quando executado com as mãos ou os pés em uma Fit Ball exigiria total controle corporal do praticante em conjunto com a aplicação da força necessária para vencer estas resistências impostas. Todavia, é de extrema importância salientar que, antes de gerar quaisquer instabilidades nos exercícios, é necessário analisar o caso do praticante em questão, se o mesmo, está ou não, apto a trabalhar em uma superfície instável.



 Portanto este é um tipo de treinamento onde os exercícios podem ser realizados com o peso do próprio corpo, elásticos, pesos livres, medicine balls, Fit Ball, fitas suspensas, entre outros. Com isso vale ressaltar os benefícios gerados por este treinamento:

  • Melhora postural;
  • Diminuição no índice de lesão;
  • Melhora das qualidades físicas como equilíbrio, força, coordenação motora, lateralidade, flexibilidade e propriocepção;
  • Melhora da resistência central e periférica (cardiovascular e muscular);
  • Desenvolvimento do controle corporal;
  • Melhora do equilíbrio muscular do corpo;
  • Aumenta o desempenho no esporte;
  • Estabilidade articular, principalmente da coluna vertebral;
  • Eficiência dos movimentos.

 

Agende já a sua avaliação e comece hoje mesmo a ter uma vida mais saudável!



Referências Bibliográficas

AZEVEDO, P. H. S. M. de; OLIVEIRA, J. C. de; TAKEHARA, J. C.; BALDISSERA, V.; PEREZ, S. E. de A.. Atualidades cientificas sobre a avaliação e prescrição do treinamento físico para atletas de alta performance. Revista Digital Efdesportes, Buenos Aires, a. 12, n. 111, ago. 2007. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd111/avaliacao-e-prescricao-do-treinamento-fisico-para-atletas.htm>.

RIBEIRO, A. P. de F.. A eficiência da especificidade do treinamento funcional resistido. 2006. 36 f. Monografia (Pós-Graduação em Educação Física) – UNIFMU – Centro Universitário, São Paulo, 2006.
 
SANTAGUÊDA, L. C.; SANTOS, J. C. R.. Alterações cinemáticas do Guyaku Tsuky induzidas por um programa específico de treinamento funcional. Revista Digital Efdesportes, Buenos Aires, a. 16, n. 163, Dez. 2011. Disponível em: < http://www.efdeportes.com/efd163/alteracoes-cinematicas-do-guyaku-tsuky.htm>.  
 
SUMULONG, H. Functional Training for Swimming. NSCA Performance Training Journal. Vol. 2, n. 4, p. 14-20, 2003. Disponível em: <http://www.nsca-lift.org/perform/articles/02045.pdf>.